segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Senhor soberba

O ministro do STF, Marco Aurelio Mello, em foto sem crédito

Um dos maiores defeitos da espécie humana, no meu entendimento, é o sentimento de soberba. E é só por ela, pela soberba, que consigo interpretar o que o ministro do STF, Marco Aurélio Mello, fez na semana passada, ao pedir vistas do processo no caso da demarcação da reserva Raposa Serra do Sol. Sem entrar no mérito, vamos combinar uma coisa: de 11 ministros, 8 já tinham dado seu voto favorável à comunidade indígena. Ou seja, não tem como mudar o resultado da ação, mesmo assim ele pediu vistas, o que adia a decisão para o ano que vem, estendendo, inútil e desnecessariamente, a aflição das partes envolvidas. Mas os holofotes estavam lá e ele gosta disso, já demonstrou apego à soberba em outras ocasiões. Lamentável, é a palavra que me vem no momento.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Solda mandou me chamar




O negócio é o seguinte: o Solda, mestre cartunista, excelente blogueiro e piadista de primeira linha, além de poeta e ilustrador, botou meu blog no blog dele, hoje mesmo. O que isso signiica? Significa que muita gente vai pintar por aqui, já que o espaço dele lá - que tá devidamene linkado aqui no meu, e já faz tempo - é super-hiper-mega-power-master-ninja-3 visitado. Fora o fato de que, soube hoje, agorinha, amigos/amigas têm aparecido por aqui, independente do fato de eu estar ausente do mundo dos posts há um tempinho. Isso só pode estar querendo me dizer uma coisa: tenho que dar um jeito de voltar pra cá. Juro que vou estudar essa possibilidade com carinho, embora a prioridade que tenho no momento, como disse no post anterior, não seja essa. Aliás, ultimamente tenho pego a caneta, ou melhor, o teclado, para escrever letras de música, pois tenho recebido belas melodias, e tô gostando cada vez mais da coisa. Enfim, vamos do jeito que dá, um pouco lá, um pouco cá. Tudo isso é bom, tudo isso me faz feliz. Vamos nós, Solda!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Até um dia, até talvez, até quem sabe

Pego carona na letra do samba-canção para dizer que estou e continuarei ausente do blog por um tempo, não sei ainda quanto. Tenho outras prioridades no momento, e assim que as coisas se ajeitarem devo voltar aos posts diários, ou quase diários. Deixo um abraço a todos que por aqui passarem.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

assim

hoje bebi um vinho sem graça
e ontem e anteontem
outro vinho esteve assim

não se preocupe
que isso não passa
não se preocupe
que a taça é pra mim

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Ein prosit!

As louras da Hofbräuhaus

Interior da cervejaria na época de Hitler


Interior da HB num dia desses


Os recém-casados André e Silvana escolhem uma mesa estrategicamente encostada num barranco


O clima esquentou aqui em Curitiba, prenúncio de um final de semana perfeito para uma cerveja gelada, um chope bem tirado. Não consigo pensar nisso sem lembrar do Schwarzwald, o conhecido Bar do Alemão. E não consigo estar no Bar do Alemão e deixar de lembrar da Hofbräuhaus München, ou HB, que é considerada a maior e mais famosa cervejaria do mundo. Fica em Munique, sul da Alemanha, cidade que detém o título de Capital Mundial da Cerveja, não por acaso onde acontece a Oktoberfest original. Construída em 1589 pelo Duque da Bavária, a HB era freqüentada assiduamente por Hitler, que viveu em uma pensão para jovens na cidade. Nos salões da cervejaria, o "fuhrer" fez muitos de seus discursos nacionalistas.


Estive neste lugar em 1996, e para o bem da humanidade, o clima que reina lá é o de festa. Gente do mundo todo, espalhada por um sem fim de mesas, especialmente no lindo biergarten (jardim da cerveja), confraterniza em alto e ininteligível som. Alemão, principalmente o alemão da Baviera, é um povo que adora cerveja. Mas lá a loura é uma bebida bem diferente da que conhecemos aqui, é mais encorpara e tem maior teor alcoólico que as nossas levíssimas pilsen. Além disso, é produzida a partir de diversas receitas, das claras às escuras, com sabores que às vezes lembram café, às vezes frutas silvestres, às vezes trigo puro. Vale a pena degustar uma caneca de cada. Depois, é só passar pelo bafômetro que fica perto da saída da casa e confirmar que não dá nem pra pensar em dirigir. Bom final de semana!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Deus existe mesmo quando não há*

Foto de Lineu Filho, publicada no blog do Zé Beto

*Guimarães Rosa, em Grande Sertão: Veredas

sábado, 18 de outubro de 2008

Elas

A jornalista Luciana Paulo e a pequena Helena, no exato instante em que o sorriso da mãe abranda o chororô da filha.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Retomando o papo


Já de volta à ativa, mas ainda meio que pegando no tranco, retomo as postagens com uma mensagem curiosa que a Cléo, uma moça que trabalha comigo, recebeu no ônibus hoje cedo. Ela estava com um fone de ouvido, como muita gente faz, e a mulher sentada ao lado começou a escrever algo em um papel. Eis que essa mulher se levanta e, antes de ir para a porta e descer, coloca essa mensagem no colo da Cléo, mensagem que transcrevo a seguir, ipsis literis:

“Quando estou dentro do ônibus e vejo uma pessoa falando ou ouvindo celular, fico imaginando como essa gente é pobre. Ao invés de ficar falando ou ouvindo, por que não lê um bom livro ou um jornal para adquirir mais cultura? Façam como eu. Eu não gosto de celular, odeio. Vou para o meu curso de francês, que é mais chic. Façam o mesmo que eu. Merci (obrigado)”

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Tô voltando

Esse é o Guapo, com cara de "cansei de te esperar".

Depois de ótimos e intensos 3 meses de Campinas, é preciso voltar ao Pinheiro Seco. Se os cães me deixarem entrar em casa, de lá não pretendo sair pela próxima semana, ou coisa assim. Aos meus amigos de blog, voltaremos a nos falar depois desse período de temporã e necessária hibernação, ou a qualquer momento, em edição extraordinária.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Começou a reforma ortográfica

Foto sem crédito publicada no blog Catarro Verde

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

sem título

a noite toca
a noite atiça
a noite troca
a noite tira

a noite tosse
a noite é tensa
a noite é tola
a noite treme a noite toda

a noite é tênue
a noite é mansa
a noite geme
a noite avança

a noite tece
a noite desce
a noite esquece

anoitece

Chão de estrelas

Foto de Alberto Viana, publicada no blog do Zé Beto

sábado, 27 de setembro de 2008

O bar do maestro

Com Nelsinho Fidélis no Tonico's Bar. Foto de Viviane Moraes

Em uma cidade servida por vários excelentes bares, ser reconhecido como um dos melhores não é pouca coisa. O Tonico's é considerado o melhor bar de música ao vivo de Campinas, mas a verdade é que ele oferece muito mais do que boa música. Fica bem no centro, mais exatamente num local que já foi chamado de "largo do Capim", pois era ali que os tropeiros deixavam seus animais se alimentando. A atual Praça Antonio Pompeo, marco zero da cidade, abriga o mausoléu que guarda os despojos do maestro Antonio Carlos Gomes. Aliás, "Tonico" era o apelido do maestro, que dentro do bar recebe outras homenagens: caricaturas a granel, cartazes de divulgação de suas apresentações pela Europa, sanduíches batizados com os nomes das suas óperas, etc. No entorno estão várias outras referências da história e da boemia campineira, e o Tonico's parece sintetizar todas elas. O ambiente é muito bonito, um casarão do final do século XIX todo restaurado e com pé direito altíssimo. Só peca no ítem balcão, praticamente inexistente (eu gosto de bares com balcão). A oferta de bebidas é generosa e o cardápio de acepipes é de respeito. Mas a programação de música ao vivo merece, sim, o devido destaque. Toda noite se apresentam no Tonico's ótimos músicos, inclusive gente famosa, o que tornou o lugar uma referência na vida cultural de Campinas. E se a música boa é o destaque, o bom samba é mais ainda. Por lá já passaram gente como Noca da Portela, Nei Lopes, Moacyr Luz e Nelson Sargento. Ontem à noite eu estive lá e pude conhecer o vozeirão do miúdo Nelsinho Fidelis, cantor do Velha Arte, grupo que manda muito bem nos maiores clássicos do chamado "samba de raiz". Foi a trilha sonora perfeita para embalar as três caipirinhas que tomei com um caldinho de feijão pra lá de delicioso. Tudo tão bom que volto à casa esta noite, quando se apresenta o carioca Mauro Diniz, filho do Monarco e arranjador da Marisa Monte. E dá-lhe caipirinha! Fazer o que, quando se está numa cidade em que o aeroporto chama Viracopos?

83

Foto sem crédito

Aos 83 anos de idade, morre o grande Paul Newman.

83?

Adriana Calcanhoto em foto sem crédito

Hoje tem show da portoalegrense Adriana Calcanhoto em Curitiba. Até aí tudo bem, é uma artista interessante, com um trabalho muito pessoal, que na maior parte das vezes me agrada. Não estou na cidade, por isso já confirmei minha ausência. Mesmo assim, fiquei encafifado com o preço do ingresso. Consta que vai custar R$ 83,00! Que raios de cálculo o pessoal do Teatro Positivo utilizou para chegar a esse número? Por que não 80 ou 85 reais? Vai ver, o caixa do teatro tá precisando de troco. E vai se dar mal, porque a galera não vai levar 3 contos trocadinhos lá, é óbvio. Isso me fez lembrar do cardápio de um restaurante que visitei meses atrás, só não sei dizer onde foi. Tinha prato que custava R$ 23,70, outro que saía por R$ 17,20, e assim por diante. Coisa de gênio, mas gênio ao contrário. Enfim, bom show, Adriana.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Deus existe mesmo quando não há*

Menina moradora de rua brinca em poça de lama em Nova Delhi, Índia. Foto de Gurinder Osan.


*Guimarães Rosa, em Grande Sertão: Veredas

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

12h44


No Pinheiro Seco não é primavera. No Pinheiro Seco "faz" primavera.

domingo, 21 de setembro de 2008

A de Adelaide


nem sempre sou o que
desejei
a imagem boa de ver
a primeira vista do amor
e tudo aquilo que narciso viu em seu engano

enquanto o lago esteve cristalino
não precisei dele

Narcísica, Adelaide Amorim

Tiago Recchia e as eleições


terça-feira, 16 de setembro de 2008

O gato e a câmera

Esse vídeo vai especialmente para quem, como eu, gosta de gatos. O bichano fica fascinado com a câmera, veja clicando aqui: http://www.youtube.com/watch?v=muLIPWjks_M&eurl=http://www.bluebus.com.br/show/2/86555

Publicado no Blue Bus

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Não foi porque estava feia

Foto sem crédito

Segundo a versão online do The Sun, Amy Winehouse não compareceu neste domingo à sua festa de aniversário de 25 anos em um clube de Londres. Diz o Sun que Winehouse "perdeu um bolo em formato de guitarra que era para ser a grande atração no evento". E que não foi à festa porque estava "muito feia pra sair de casa".

Nota deste blogueiro: também não fui à minha festa de aniversário, no último dia 10, mas foi por outros motivos ;-)

domingo, 14 de setembro de 2008

Que tela de LCD, que nada!

Foto-poesia de Gilson Abreu

Publicada no blog do Zé Beto

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

É pra subir o som

A banda curitibana Áyira. Foto de Marcelo Cozzo

O Áyira faz rock, e rock do bom. Com peso, vibração e ótima sonoridade na base, nos solos e nos riffs de guitarra, mandaram muito bem no primeiro CD. O negócio parece impregnado de super bonder: gruda. É uma galera musicalmente talentosa, que corre atrás do que acredita. E tem que acreditar mesmo, porque o trabalho tem qualidade e é verdadeiro. Palavra de quem é chato pacas pras coisas que chegam pelo ouvido.
Na foto acima, da esquerda para a direita, Paulo/guitarra, Ricardo/bateria, Cléber/voz, Marko/baixo e Marcelo/guitarra.

Pra saber mais, baixar músicas e tal:
www.ayira.com.br

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Cena

Rio Sena, Paris. Foto de Letícia Busarello

nem o rio, nem o tempo
passo eu
e esse momento

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Itabuna azulada

Rio Cachoeira duplica o céu da baiana Itabuna, em foto inspirada de Waldyr Gomes

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Apaguem a luz

É feriado em Curitiba, dia da padroeira da cidade, Nossa Senhora da Luz. A preguiça é tanta que chega ao Pinheiro Seco, onde o Preju só pede uma coisa: apaguem a luz, por favor... não a da santa, a da sala.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

No mínimo, uma máxima

"Cleptomaníaco é um ladrão rico. Ladrão é um cleptomaníaco pobre."
Apparício Torelly, o Barão de Itararé

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Um dia pelo outro

Verônica de Almeida. Foto sem crédito

Seguidas dores nos ombros passaram a incomodar, mais e mais, a vida da então campeã baiana de natação Verônica de Almeida. Em pouco tempo, as dores se agravaram e as articulações da região ficaram estáveis. Nadadora jovem, à flor dos 20 anos, Verônica foi obrigada a se submeter a cirurgia. Que se seguiu de outra. E de mais outras depois. – Quando vi, tinha feito cinco operações nos ombros. Mas meu ombro não parava de deslocar. Fiz fisioterapia. Sem resultado. Aí decidi parar de nadar – afirmou.
O episódio relatado aconteceu há mais de dez anos. À época, Verônica nem desconfiava que portava o gene da Síndrome de Ehlers-Danlos, doença rara que ataca articulações e reduz a produção de colágeno do corpo humano. A doença existe em vários graus, e o da nadadora – 7 – é o mais degenerativo.

Há dois anos, Verônica pôs fim ao isolamento da água. Por saudade e necessidade. O exercício físico ajuda a conter a ação da síndrome. E se destacou no paradesporto. – Cada dia nadado é um dia a mais que ganho de vida – contou. De fato, cada dia dentro d'água é importante para ela, embora aos poucos ela venha perdendo as articulações – nada apenas com o braço esquerdo e usa cadeira de rodas.

Os médicos estimam, dada a gravidade da doença, expectativa de vida entre dois e seis anos. Mas viver com dias contados é uma imposição que não a faz desmoronar. – Sempre digo que fui escolhida por Deus. Tive dois filhos, e não havia registro de portadora que conseguiu dar à luz – disse, em alusão aos gêmeos Marcelo e Bianca. Pequim representará um novo ciclo na vida desta guerreira. Classificada para três provas, ela quer medalha e nova chance de vida. Depois dos Jogos, ela irá a um centro na França, submeter-se a um tratamento inédito da síndrome a partir de uma droga já testada em animais. Uma aposta, mas que pode render-lhe até 30 anos mais.

por Paulo Roberto Conde, Msn Esportes

Quem é, é

Foto sem crédito

"As coisas já estavam ruins, nesse Brasil desmantelado, e agora acabaram de piorar. Foi embora, certamente para um lugar melhor, o grande Eurípedes Waldick Soriano, meu amigo velho, um dos maiores artistas desse nosso país. Sujeito de enorme talento, muitas vezes injustiçado e abandonado por quem não entende a verdadeira alma do povo brasileiro. Mesmo tendo avisado: "Eu não sou cachorro não!". Um poeta e músico dos melhores que pisaram nessa terra, esse baiano de Caitité. Vá em paz, amigo, pois, conforme você mesmo me disse quando nos conhecemos, quem é, é!"
Publicado no blog do Falcão

dia d

passei
o dia inteiro
pela
metade

Sem véus

A autora de "Persépolis", Marjane Satrapi. Foto sem crédito


Marjane Satrapi era apenas uma criança quando a revolução islâmica derrubou o xá do Irã, em 1979. Bisneta do antigo rei da Pérsia, ela cresceu em uma família de esquerda, moderna e ocidentalizada, e estudou numa escola francesa e laica. Com a chegada dos extremistas ao poder, as meninas foram obrigadas a usar o véu islâmico na escola e a estudar em classes separadas dos meninos. Era só o início de uma série de mudanças profundas em sua vida - assim como na de todos em seu país. Em "Persépolis", autobiografia escrita em quadrinhos, apesar de narrar a tragédia que foi a implantação do regime xiita no Irã, não faltam à trama humor e sarcasmo para narrar os acontecimentos políticos de um ponto de vista único, que desfaz os lugares-comuns sobre o país e conta sua história antiga e recente. Na aparente simplicidade da narrativa e dos desenhos, revelam-se as nuances de um complicado processo histórico, que até hoje tem seus desdobramentos.

"Persépolis" foi lançado na França, em 2001, por uma pequena editora independente. Tornou-se um fenômeno de crítica e público. No mesmo ano, o primeiro volume ganhou o importante prêmio do salão de Angoulême, na França. A série teve os direitos de publicação vendidos para Itália, Holanda, Portugal, Espanha, Alemanha, Inglaterra, Israel, Suécia, Finlândia, Noruega, Japão, Coréia do Sul, Hong Kong, Turquia e Estados Unidos.

Fonte: Companhia das Letras

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Foi mal, Maurício!

Os "jovens" Mônica, Cascão, Magali e Cebola (ex-Cebolinha)

Eu juro que não tinha lido nada ainda sobre isso. Estou em Campinas, portanto, no Brasil. E fui deparar com essa informação no blog do Carlos Lopes, que mora em Lisboa. Pois foi ele quem revelou essa notícia que eu considero explosiva: a Turma da Mônica cresceu! Cresceu e ganhou feições ao estilo mangá, o tradicional traço japonês. É isso mesmo, e parece que já tem um gibi nas bancas com esse povo todo com pinta de pós-adolescente. É o que o Carlos está dizendo e eu estou acreditando, embora não queira acreditar. Essa turma não podia crescer, oras. E já que era para crescer, esses malucos aí deveriam é estar todos quarentões, já, e não jovenzinhos. Bom, caso isso seja mesmo verdade, e repito que dou crédito ao post do Carlos Lopes, quero dizer à Turma da Mônica que me esqueçam. Está certo que nunca mais comprei gibi, acho que o último deve ter sido quando o Brasil ainda era governado pelo Geisel. Mas agora, nem que eu tivesse uma recaída numa banca de rodoviária. Nem que eu regredisse mentalmente mais do que já tenho regredido. O que? O Cascão agora toma banho? A Magali controla a alimentação? O Cebolinha só troca o erre pelo ele quando fica nervoso? Alguém aí tem o telefone do Maurício de Sousa? Só porque criou a turma ele tá pensando que é Deus???

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Lina Faz

Curitiba em foto de Lina Faria, que hoje está fazendo mais um ano de vida.

domingo, 31 de agosto de 2008

Eles

A portoalegrense Viviane e o soteropolitano Weliton compondo uma mesa formada - como dizem os baianos - por uma mistura cultural da porra.

Almoço ao som de viola

Foto sem crédito

Já falei um pouco aqui sobre os distritos de Campinas. Falei que são lugares charmosos e pitorescos, com paisagem, clima, aroma e ritmo do interior, de um interior que quase não existe mais. Citei os restaurantes e bares de Souzas, Joaquim Egídio e Barão Geraldo, lugares onde a gente pode ver o tempo passar enquanto come bem, bebe bem e respira melhor ainda. Isso tudo se tornou ainda mais verdadeiro depois que fui com um grupo de amigos almoçar no restaurante Via Roça, na região do distrito de Barão Geraldo. Foi um achado neste domingo de sol, céu azul e ar fresco, um clima típico de inverno. Leva-se meia hora de carro, a partir do centro de Campinas. Um bocado de asfalto, um pouco de estrada de chão e chegamos lá, um cenário muito rústico e acolhedor, que remete a coisas boas. Logo que descemos do carro fomos recebidos pelo Noel, um vira-latas marrom que encosta em todo mundo que chega, pedindo agrado. É passar a mão pro bicho deitar manhoso, de patas pro ar. No salão externo de chão de tijolos coloniais, descobrimos um ambiente que convida a ir ficando. A música é de viola, o cheiro é de fogão a lenha e a cachaça de boas-vindas é perfumada. À mesa, chega uma comida muito saborosa, simples, bem feita e bem servida. A casa de madeira anexa à cozinha vale uma espiada, pois abriga objetos de fazenda e fotos que revelam que por ali já se apresentaram artistas como Renato Teixeira, Elomar, Almir Sater, Antonio Nóbrega, Xangai, Pena Branca e Xavantinho. Só gente boa, só coisas boas.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Sol em Sampa hoje

Foto de Rafael Fazano, publicada no Blue Bus
Conhecido como "halo", este fenômeno, uma espécie de disco em torno do sol, é formado pela refração da luz solar nos cristais de gelo presentes na nuvem cirrostratus. Este tipo de nuvem, muito alta na atmosfera, é constituída totalmente de cristais de gelo e normalmente é observada antes da chegada de frentes frias - Fonte: Uol

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Enquanto isso, no blog do Thiago

Foto sem crédito

Outro dia comprei um pacote de pães de queijo congelados e fiquei pensando sobre uma frase que já vejo há tempos estampada na embalagem de diversos produtos alimentícios: "Embalado sem contato manual". Notem que esta frase nos protege apenas contra o contato manual de humanos, mas não impede que chimpanzés, calopsitas, papagaios, lêmures, suricatos, cachorros, hienas, ursos, ETs, porcos ou pandas adestrados tenham embalado o produto.

Para termos realmente certeza de que o produto alimentício é imaculado e não foi manipulado de forma alguma, sugiro aos fabricantes que utilizem o seguinte texto em suas embalagens:"Produto embalado sem contato manual humano de qualquer filo, forma, credo, raça, classe social, orientação sexual ou política; bem como sem contato de qualquer forma de vida dos reinos animal, vegetal ou mineral, sejam eles organismos pluri ou unicelulares. Para os que acreditam, este produto também não sofreu contato de nenhuma espécie que habite nossa ou qualquer galáxia do espaço sideral, seja ele um Wookie, um Sith ou um Kriptoniano."Produto X, o verdadeiro elo entre você e Deus."

Postado no blog do Thiago Pellegrin

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Muito antes das medalhas

Foto sem crédito

Para quem acha que nossas mulheres atletas foram heróicas nos jogos de Pequim (e foram mesmo), veja só esta personagem:

Bárbara de Alencar nasceu em 1765, no sertão de Pernambuco. Viveu a maior parte da sua vida no Crato, Ceará, teve um filho senador da República e foi avó do escritor José de Alencar (o autor do romance que originou a ópera "O Guarani", do campineiro Carlos Gomes). A memória de Bárbara Alencar vem sendo aos poucos resgatada por alguns de seus decendentes. Uma das primeiras mulheres a se envolver em política, Bárbara foi presa em Fortaleza, em 1817, por participar de movimentos em prol da Independência do Brasil e por tentar livrar da prisão um irmão e três filhos, dos quais dois morreram fuzilados. Foi encarcerada no Recife e em Salvador. Sofreu toda sorte de humilhações na prisão, sendo solta em 1821, por ocasião da Anistia Geral. Aliás, uma das prisões em que ela foi colocada, cuja entrada pode ser vista na foto acima, era pavorosa. Bárbara Alencar é considerada a primeira prisioneira política do Brasil, e também a primeira grande heroína da nossa história. Morreu em 1832, no Sítio Touro, estado do Piauí. Pediu um enterro simples, enrolada em uma rede de dormir, como eram enterrados os escravos.

domingo, 24 de agosto de 2008

24 de agosto de 1944

Foto de Américo Vermelho

um homem com uma dor
é muito mais elegante
caminha assim de lado
como se chegando atrasado
andasse mais adiante

carrega o peso da dor
como se portasse medalhas
uma coroa, um milhão de dólares
ou coisa que os valha

ópios, éteres, analgésicos
não me toquem nessa dor

ela é tudo que me sobra
sofrer vai ser a minha última obra

(Dor Elegante, Paulo Leminski)

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Ele

Nosso cartunista e blogueiro, em foto de Vera Solda

Solda, pronto para assoprar as velinhas, as velhinhas, o bolo, os copos, as batatas do beto, o beto das batatas (esse é fácil assoprar) e todos que estiverem num raio de 1 km. Vai ser logo mais na famosa casa avarandada do Alto da XV. Vou não ir, mas nenhuma dúvida de que vai ser uma comemoração de abalar as estruturas da noite cruelritibana. Parabéns, maifrendi!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Vegetal

Foto de Zeca Linhares

quase entrando pela janela
a amendoeira
atira uma folha seca sobre o chão
e espanta um pedaço da noite
que ainda adormecia pela casa

(Adelaide Amorim)

Chove no blog da Liz

Foto de Liz Kasper

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Sorry, Phelps

Michael Phelps (ou será o Carlito Tevez?). Foto sem crédito

Eu nem teria como deixar de reconhecer que você é fera, é o senhor das piscinas, pulverizador de recordes, monstro das águas, etc. e tals. Porém, sinto lhe dizer que você não sairia de uma olimpíada com tantas medalhas de ouro se disputasse outra modalidade esportiva. Entre todos os esportes olímpicos, a natação é, disparado, o que oferece a maior quantidade de provas para o atleta disputar. O que estou dizendo é que, em outros esportes, existem nomes que são tão imbatíveis quanto você é na natação. Porém, esses caras só podem disputar uma ou, quando muito, duas ou três medalhas. Percebeu onde mora o busilis da questão? E vamos combinar uma coisa: quando o sujeito é muito bom no que faz, é mais ou menos previsível que ele também vai se dar muito bem nas "variações" disso. Veja bem, eu disse "mais ou menos previsível", porque sei que não é obigatoriamente assim. Mas é praticamente isso, maifrendi Phelps. No mais, falta eu te dizer outra coisa: vai ser parecido com o Tevez assim lá na China! Deusolivre!!

Bennet e as eleições

Publicado no blog do Bennet

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Homenagem a nuestros hermanos


Sim, você já ouviu isso antes... ou algo muito parecido com isso: http://br.youtube.com/watch?v=dvG7XFz2opE&eurl=http://www.argentinasetc.com/

Do blog "Argentinas, etc."

Enquanto isso, em Pequim

Paula Pequeno. Foto sem crédito

Argentina 3 x 0 Brasil? Tudo bem, eu gosto mesmo é de volei ;-)

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Ele

No Teatro Paiol, Curitiba. Foto sem crédito

Raymundo Rolim, cantor, compositor, poeta e escritor. “A música é uma chance que os passarinhos me dão para poder apreciá-los melhor, por dentro de suas penas”.

sábado, 16 de agosto de 2008

Sereia do mar levou

Dorival Caymmi. Foto sem crédito

É doce morrer no mar,
Nas ondas verdes do mar

Saveiro partiu de noite, foi
Madrugada não voltou
O marinheiro bonito
Sereia do mar levou

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar

(Dorival Caymmi)

Enquanto isso, em Pequim

Cesar Cielo Filho, em foto sem crédito

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Enquanto isso, em Curitiba

Foto de Luiz Costa, publicada no Blog do Zé Beto

Essa gente bronzeada

Daiane dos Santos, em foto sem crédito. Fora de foco, o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman.

Ok, a olimpíada está apenas pela metade. Mas o fato é que, até agora, temos apenas 4 medalhas, e todas de bronze, o que nos coloca, no exato momento em que posto isso, na quadragésima terceira posição na tabela dos jogos. Olha o tamanho desse país. Olha quanta gente vive aqui. A mistura das raças, o talento natural que nosso povo tem para se expressar através do corpo. E até agora, 4 medalhas de bronze. Sei que ainda virão outras, alguma(s) de prata, provavelmente alguma(s) de ouro. Mas é muito pouco para um país como o nosso. Ou muito, para um país que primeiro espera o cara se matar para se destacar em alguma coisa, e só então, quem sabe, oferece algum apoio. E enquanto lambemos os beiços com nossos bronzes, o onipresente Carlos Arthur Nuzman continua contando seus cobres.

Chatomercial

Esse da Mantecorp, onde um sujeito fica falando os nomes de "ingredientes" que vão nas fórmulas de remédios que o anunciante produz. Aqueles 30 segundos me parecem uma eternidade.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

?

que tal
irmos
juntos
até
o fim
de
mim
?

O Guarani - um achado


Já que dei a ficha do Carlos Gomes, aqui está o link para dois trechinhos da obra máxima do compositor, a ópera "O Guarani", interpretados pelo pai do Taiguara (lembra do Taiguara?), o maestro Ubirajara Silva. Vale a pena ver e ouvir essa pequena preciosidade:
http://pt.netlog.com/go/explore/videos/videoid=526260

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Trágica feito ópera

Túmulo de Carlos Gomes, Campinas. Foto de Leandro Moreira

Como prometido, retomo a pequena biografia do ilustre campineiro Carlos Gomes. Estávamos em 1871, ano em que o maestro apresentou no Scalla de Milão sua principal obra, a ópera "O Guarani". Neste mesmo ano, casou-se com a pianista italiana Adelina Peri. Saudado pelo público e crítica, inicia uma temporada pelos principais teatros da Europa. Entretanto, o círculo virtuoso de Carlos Gomes começa a entrar em declínio. Na cidade italiana de Lecco ele constrói uma mansão, a Villa Brasília, que marca o início de um processo irreversível de endividamento. Por esta época, sente um duro golpe: aos cinco anos de idade, morre Mário, talvez o mais próximo dos cinco filhos que teve com Adelina. À morte de Mário, soma-se a perda de outros dois filhos, todos muito jovens. Como se não bastasse, uma sucessão de partituras inacabadas e de críticas negativas a novas composições faz com sua carreira decline rapidamente. Nem a consagrada "O Guarani" lhe rende mais dinheiro, já que se viu obrigado a vender os direitos da mesma para um editor. Separa-se de sua mulher e entra em forte depressão, aliviada somente a custa de ópio. Eis que em 1889 é proclamada a república no Brasil, e aquele que era tido como “protegido de imperador” se vê renegado pela nova ordem. Viaja para os Estados Unidos, mas a subvenção do governo é pouca para a estrutura que suas obras exigem, então se apresenta para públicos minúsculos, e gratuitamente. Retorna à Europa e recebe, em Lisboa, aquela que seria a derradeira homenagem, a Comenda de San Tiago. Com graves problemas financeiros e já muito doente, com câncer na garganta, volta ao Brasil para assumir a direção do Conservatório de Música de Belém do Pará. Ocupa o posto por apenas cinco meses. Em 16 de setembro de 1896, aos 60 anos de idade, Antonio Carlos Gomes silencia.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Não perca

Fotos de divulgação

Doze horas, doze grupos e um objetivo comum: aprofundar a discussão sobre o fazer teatral em Curitiba, tendo como ponto de referência o trabalho de pesquisa continuada. Reunidos há quase dois anos, discutindo sobre mecanismos de criação e produção na contramão do mercado, os integrantes deste movimento promovem uma ação artística inédita na cidade, o 1º Movimento de Teatro de Grupo de Curitiba.

Dia 9 de agosto, das 10h às 22h. Local: ACT – Ateliê de Criação Teatral (Rua Paulo Graeser Sobrinho, 305). Entrada: R$ 6,00 e R$ 3,00 (meia entrada).

Para mais informações ligue (41) 3338-0450, ou acesse http://movimentodeteatrodegrupo.blogspot.com/

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Eles perderam seu anjo da guarda


Ane, uma mulher que abrigava e cuidava de exatos 137 gatos em sua chácara, nos arredores de Curitiba, morreu na semana passada. Sofria de câncer. A família agora quer vender a chácara e exige que os bichanos sejam tirados de lá. Resumindo, eles ficaram órfãos e sem lar, já que os poucos abrigos da cidade que acolhem bichos abandonados ou vítimas de maus tratos estão todos lotados. A solução emergencial é encontrar pessoas que queiram adotar gatos, ou mesmo que se disponham a abrigar temporariamente parte deles. Doação de ração e de vermífugo também será muito bem-vinda. A maioria dos gatos está devidamente castrada, todos são carinhosos e muitos são belíssimos. Se você quer e pode ajudar, entre em contato com a Maeve: (41) 9686-0407.