terça-feira, 30 de setembro de 2008

Começou a reforma ortográfica

Foto sem crédito publicada no blog Catarro Verde

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

sem título

a noite toca
a noite atiça
a noite troca
a noite tira

a noite tosse
a noite é tensa
a noite é tola
a noite treme a noite toda

a noite é tênue
a noite é mansa
a noite geme
a noite avança

a noite tece
a noite desce
a noite esquece

anoitece

Chão de estrelas

Foto de Alberto Viana, publicada no blog do Zé Beto

sábado, 27 de setembro de 2008

O bar do maestro

Com Nelsinho Fidélis no Tonico's Bar. Foto de Viviane Moraes

Em uma cidade servida por vários excelentes bares, ser reconhecido como um dos melhores não é pouca coisa. O Tonico's é considerado o melhor bar de música ao vivo de Campinas, mas a verdade é que ele oferece muito mais do que boa música. Fica bem no centro, mais exatamente num local que já foi chamado de "largo do Capim", pois era ali que os tropeiros deixavam seus animais se alimentando. A atual Praça Antonio Pompeo, marco zero da cidade, abriga o mausoléu que guarda os despojos do maestro Antonio Carlos Gomes. Aliás, "Tonico" era o apelido do maestro, que dentro do bar recebe outras homenagens: caricaturas a granel, cartazes de divulgação de suas apresentações pela Europa, sanduíches batizados com os nomes das suas óperas, etc. No entorno estão várias outras referências da história e da boemia campineira, e o Tonico's parece sintetizar todas elas. O ambiente é muito bonito, um casarão do final do século XIX todo restaurado e com pé direito altíssimo. Só peca no ítem balcão, praticamente inexistente (eu gosto de bares com balcão). A oferta de bebidas é generosa e o cardápio de acepipes é de respeito. Mas a programação de música ao vivo merece, sim, o devido destaque. Toda noite se apresentam no Tonico's ótimos músicos, inclusive gente famosa, o que tornou o lugar uma referência na vida cultural de Campinas. E se a música boa é o destaque, o bom samba é mais ainda. Por lá já passaram gente como Noca da Portela, Nei Lopes, Moacyr Luz e Nelson Sargento. Ontem à noite eu estive lá e pude conhecer o vozeirão do miúdo Nelsinho Fidelis, cantor do Velha Arte, grupo que manda muito bem nos maiores clássicos do chamado "samba de raiz". Foi a trilha sonora perfeita para embalar as três caipirinhas que tomei com um caldinho de feijão pra lá de delicioso. Tudo tão bom que volto à casa esta noite, quando se apresenta o carioca Mauro Diniz, filho do Monarco e arranjador da Marisa Monte. E dá-lhe caipirinha! Fazer o que, quando se está numa cidade em que o aeroporto chama Viracopos?

83

Foto sem crédito

Aos 83 anos de idade, morre o grande Paul Newman.

83?

Adriana Calcanhoto em foto sem crédito

Hoje tem show da portoalegrense Adriana Calcanhoto em Curitiba. Até aí tudo bem, é uma artista interessante, com um trabalho muito pessoal, que na maior parte das vezes me agrada. Não estou na cidade, por isso já confirmei minha ausência. Mesmo assim, fiquei encafifado com o preço do ingresso. Consta que vai custar R$ 83,00! Que raios de cálculo o pessoal do Teatro Positivo utilizou para chegar a esse número? Por que não 80 ou 85 reais? Vai ver, o caixa do teatro tá precisando de troco. E vai se dar mal, porque a galera não vai levar 3 contos trocadinhos lá, é óbvio. Isso me fez lembrar do cardápio de um restaurante que visitei meses atrás, só não sei dizer onde foi. Tinha prato que custava R$ 23,70, outro que saía por R$ 17,20, e assim por diante. Coisa de gênio, mas gênio ao contrário. Enfim, bom show, Adriana.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Deus existe mesmo quando não há*

Menina moradora de rua brinca em poça de lama em Nova Delhi, Índia. Foto de Gurinder Osan.


*Guimarães Rosa, em Grande Sertão: Veredas

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

12h44


No Pinheiro Seco não é primavera. No Pinheiro Seco "faz" primavera.

domingo, 21 de setembro de 2008

A de Adelaide


nem sempre sou o que
desejei
a imagem boa de ver
a primeira vista do amor
e tudo aquilo que narciso viu em seu engano

enquanto o lago esteve cristalino
não precisei dele

Narcísica, Adelaide Amorim

Tiago Recchia e as eleições


terça-feira, 16 de setembro de 2008

O gato e a câmera

Esse vídeo vai especialmente para quem, como eu, gosta de gatos. O bichano fica fascinado com a câmera, veja clicando aqui: http://www.youtube.com/watch?v=muLIPWjks_M&eurl=http://www.bluebus.com.br/show/2/86555

Publicado no Blue Bus

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Não foi porque estava feia

Foto sem crédito

Segundo a versão online do The Sun, Amy Winehouse não compareceu neste domingo à sua festa de aniversário de 25 anos em um clube de Londres. Diz o Sun que Winehouse "perdeu um bolo em formato de guitarra que era para ser a grande atração no evento". E que não foi à festa porque estava "muito feia pra sair de casa".

Nota deste blogueiro: também não fui à minha festa de aniversário, no último dia 10, mas foi por outros motivos ;-)

domingo, 14 de setembro de 2008

Que tela de LCD, que nada!

Foto-poesia de Gilson Abreu

Publicada no blog do Zé Beto

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

É pra subir o som

A banda curitibana Áyira. Foto de Marcelo Cozzo

O Áyira faz rock, e rock do bom. Com peso, vibração e ótima sonoridade na base, nos solos e nos riffs de guitarra, mandaram muito bem no primeiro CD. O negócio parece impregnado de super bonder: gruda. É uma galera musicalmente talentosa, que corre atrás do que acredita. E tem que acreditar mesmo, porque o trabalho tem qualidade e é verdadeiro. Palavra de quem é chato pacas pras coisas que chegam pelo ouvido.
Na foto acima, da esquerda para a direita, Paulo/guitarra, Ricardo/bateria, Cléber/voz, Marko/baixo e Marcelo/guitarra.

Pra saber mais, baixar músicas e tal:
www.ayira.com.br

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Cena

Rio Sena, Paris. Foto de Letícia Busarello

nem o rio, nem o tempo
passo eu
e esse momento

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Itabuna azulada

Rio Cachoeira duplica o céu da baiana Itabuna, em foto inspirada de Waldyr Gomes

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Apaguem a luz

É feriado em Curitiba, dia da padroeira da cidade, Nossa Senhora da Luz. A preguiça é tanta que chega ao Pinheiro Seco, onde o Preju só pede uma coisa: apaguem a luz, por favor... não a da santa, a da sala.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

No mínimo, uma máxima

"Cleptomaníaco é um ladrão rico. Ladrão é um cleptomaníaco pobre."
Apparício Torelly, o Barão de Itararé

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Um dia pelo outro

Verônica de Almeida. Foto sem crédito

Seguidas dores nos ombros passaram a incomodar, mais e mais, a vida da então campeã baiana de natação Verônica de Almeida. Em pouco tempo, as dores se agravaram e as articulações da região ficaram estáveis. Nadadora jovem, à flor dos 20 anos, Verônica foi obrigada a se submeter a cirurgia. Que se seguiu de outra. E de mais outras depois. – Quando vi, tinha feito cinco operações nos ombros. Mas meu ombro não parava de deslocar. Fiz fisioterapia. Sem resultado. Aí decidi parar de nadar – afirmou.
O episódio relatado aconteceu há mais de dez anos. À época, Verônica nem desconfiava que portava o gene da Síndrome de Ehlers-Danlos, doença rara que ataca articulações e reduz a produção de colágeno do corpo humano. A doença existe em vários graus, e o da nadadora – 7 – é o mais degenerativo.

Há dois anos, Verônica pôs fim ao isolamento da água. Por saudade e necessidade. O exercício físico ajuda a conter a ação da síndrome. E se destacou no paradesporto. – Cada dia nadado é um dia a mais que ganho de vida – contou. De fato, cada dia dentro d'água é importante para ela, embora aos poucos ela venha perdendo as articulações – nada apenas com o braço esquerdo e usa cadeira de rodas.

Os médicos estimam, dada a gravidade da doença, expectativa de vida entre dois e seis anos. Mas viver com dias contados é uma imposição que não a faz desmoronar. – Sempre digo que fui escolhida por Deus. Tive dois filhos, e não havia registro de portadora que conseguiu dar à luz – disse, em alusão aos gêmeos Marcelo e Bianca. Pequim representará um novo ciclo na vida desta guerreira. Classificada para três provas, ela quer medalha e nova chance de vida. Depois dos Jogos, ela irá a um centro na França, submeter-se a um tratamento inédito da síndrome a partir de uma droga já testada em animais. Uma aposta, mas que pode render-lhe até 30 anos mais.

por Paulo Roberto Conde, Msn Esportes

Quem é, é

Foto sem crédito

"As coisas já estavam ruins, nesse Brasil desmantelado, e agora acabaram de piorar. Foi embora, certamente para um lugar melhor, o grande Eurípedes Waldick Soriano, meu amigo velho, um dos maiores artistas desse nosso país. Sujeito de enorme talento, muitas vezes injustiçado e abandonado por quem não entende a verdadeira alma do povo brasileiro. Mesmo tendo avisado: "Eu não sou cachorro não!". Um poeta e músico dos melhores que pisaram nessa terra, esse baiano de Caitité. Vá em paz, amigo, pois, conforme você mesmo me disse quando nos conhecemos, quem é, é!"
Publicado no blog do Falcão

dia d

passei
o dia inteiro
pela
metade

Sem véus

A autora de "Persépolis", Marjane Satrapi. Foto sem crédito


Marjane Satrapi era apenas uma criança quando a revolução islâmica derrubou o xá do Irã, em 1979. Bisneta do antigo rei da Pérsia, ela cresceu em uma família de esquerda, moderna e ocidentalizada, e estudou numa escola francesa e laica. Com a chegada dos extremistas ao poder, as meninas foram obrigadas a usar o véu islâmico na escola e a estudar em classes separadas dos meninos. Era só o início de uma série de mudanças profundas em sua vida - assim como na de todos em seu país. Em "Persépolis", autobiografia escrita em quadrinhos, apesar de narrar a tragédia que foi a implantação do regime xiita no Irã, não faltam à trama humor e sarcasmo para narrar os acontecimentos políticos de um ponto de vista único, que desfaz os lugares-comuns sobre o país e conta sua história antiga e recente. Na aparente simplicidade da narrativa e dos desenhos, revelam-se as nuances de um complicado processo histórico, que até hoje tem seus desdobramentos.

"Persépolis" foi lançado na França, em 2001, por uma pequena editora independente. Tornou-se um fenômeno de crítica e público. No mesmo ano, o primeiro volume ganhou o importante prêmio do salão de Angoulême, na França. A série teve os direitos de publicação vendidos para Itália, Holanda, Portugal, Espanha, Alemanha, Inglaterra, Israel, Suécia, Finlândia, Noruega, Japão, Coréia do Sul, Hong Kong, Turquia e Estados Unidos.

Fonte: Companhia das Letras

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Foi mal, Maurício!

Os "jovens" Mônica, Cascão, Magali e Cebola (ex-Cebolinha)

Eu juro que não tinha lido nada ainda sobre isso. Estou em Campinas, portanto, no Brasil. E fui deparar com essa informação no blog do Carlos Lopes, que mora em Lisboa. Pois foi ele quem revelou essa notícia que eu considero explosiva: a Turma da Mônica cresceu! Cresceu e ganhou feições ao estilo mangá, o tradicional traço japonês. É isso mesmo, e parece que já tem um gibi nas bancas com esse povo todo com pinta de pós-adolescente. É o que o Carlos está dizendo e eu estou acreditando, embora não queira acreditar. Essa turma não podia crescer, oras. E já que era para crescer, esses malucos aí deveriam é estar todos quarentões, já, e não jovenzinhos. Bom, caso isso seja mesmo verdade, e repito que dou crédito ao post do Carlos Lopes, quero dizer à Turma da Mônica que me esqueçam. Está certo que nunca mais comprei gibi, acho que o último deve ter sido quando o Brasil ainda era governado pelo Geisel. Mas agora, nem que eu tivesse uma recaída numa banca de rodoviária. Nem que eu regredisse mentalmente mais do que já tenho regredido. O que? O Cascão agora toma banho? A Magali controla a alimentação? O Cebolinha só troca o erre pelo ele quando fica nervoso? Alguém aí tem o telefone do Maurício de Sousa? Só porque criou a turma ele tá pensando que é Deus???

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Lina Faz

Curitiba em foto de Lina Faria, que hoje está fazendo mais um ano de vida.