segunda-feira, 1 de junho de 2009

Ela cantou

Nana Caymi, em foto sem crédito

Neste domingo, fiquei até tarde sintonizado na TV Globo, especialmente para ver e ouvir a Nana Caymi. Ela foi uma das cantoras que homenagearam Roberto Carlos no show "Elas Cantam Roberto", gravado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e que certamente deverá virar DVD. Claro que me interessavam outras cantoras anunciadas, como a Zizi Possi, a Luiza Possi e a Ana Carolina, por exemplo. Mas era pela Nana que eu mais aguardava, pois não me lembro de tê-la ouvido antes cantar algo do Roberto. O repertório da noite foi impecável, as músicas escolhidas foram, quase sem exceção, todas do período mais criativo e romântico do Rei. Mas o resultado acabou sendo muito desigual. A Sandy não se deu bem cantando num tom mais grave, já que sua voz costuma funcionar muito melhor quando transita pelas notas mais altas. A Marilia Pera inventou uma apresentação teatral em cima de uma das músicas mais chatas que o Roberto gravou em sua carreira, a "120...150...200 Km Por Hora". Confesso que me senti constrangido vendo aquilo, e acredito que muita gente sentiu o mesmo. Wanderleia e Daniela Mercury juntas foi um negócio que não deu liga, fora que o figurino escolhido por ambas não combinou com o palco do Municipal. Mas a Ana Carolina cantou muito, assim como a Claudia Leite, que me surpreendeu com sua interpretação. De se registrar o que foi a apresentação da Zizi e da Luiza Possi juntas. A Luiza é linda e tem muito talento, eu aposto muito nela. Mas deu a impressão de estar um pouco contida, talvez intimidada por fazer um dueto com a voz maravilhosa da mãe, que por sua vez pareceu ter se segurado um pouco, também, quem sabe para não se sobressair tanto, porque quem conhece a Zizi sabe que ali tem muito mais. Mas eis que ela entra. A Nana escolheu uma das mais doloridas canções do repertório romântico do Rei, a "Não se esqueça de mim", e emocionou, assim como deu impressão de quase ir às lágrimas, em determinados momentos. Foi muito bonito, para mim o ponto alto do show. Só não entendi por que colocaram o Roberto no palco para dizer o mesmíssimo texto bobo no início e no final do programa. Acho que alguém lá comeu bola na hora de editar o material, porque não fez o menor sentido. Na média, foi um programa irregular, como geralmente acontece num programa deste tipo. Porém, a ideia foi interessante e válida, ainda mais se a gente considerar que os musicais têm sido cada vez mais raros nas TVs abertas.

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