quarta-feira, 11 de junho de 2008

Moral da escória


Ouvi a notícia hoje cedo na Band News, nas vozes indignadas de Gladimir Nascimento e Denise Melo. A seguir, faço uma quase transcrição.

O proprietário de uma enorme fazenda na região de Mallet, interior do Paraná, próxima à fronteira com Santa Catarina, derrubou 11 mil araucárias. Pode ler de novo: 11 mil araucárias!

Ela mesma, a árvore-símbolo do nosso estado, há muito ameaçada de extinção, cujas florestas originais não chegam hoje a somar 1% do territorio que já cobriram um dia.

Além das araucárias, centenas de xaxins, não se sabe quanto de imbuias, entre outras espécies nativas, foram também dizimadas. Sem falar na fauna que habitava essa mata e que terá que bater asas - aqueles que tiverem a sorte de ter asas - rumo a outra freguesia.

Um crime hediondo cometido contra a natureza, que provavelmente teve a conivência dos órgãos fiscalizadores, porque ninguém faz tamanho estrago da noite para o dia sem que vejam, ou no mínimo percebam algo. A multa chegaria a 3 milhões de reais, muito pouco para quem deve ter muita grana, e por certo já comercializou boa parte da madeira cortada. Cadeia? Não, ninguém pegou o maldito com a moto-serra na mão, não ocorreu o tal 'flagrante'.

Respire-se com um silêncio desses.

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