o dia começa com pássaros
e eu passo por ele assim
pesado demais praquele galho que pende.
não me arrisco vir abaixo
nem me atrevo anunciar que amanhece
enquanto nenhuma certeza tiver
de que o vinho era bom e valeu a pena.
uma saída é ficar assim
bicho que ilude o gato
folha nova que jamais outona.
mas o dia soprou seus sinais
e talvez eu até me arvore a ir ali
vai que me dou conta de que respiro
quem sabe, desaprenda que passei o que passou.
já leve, perco o medo e me atiro em mim
procurando um sentimento conhecido
inventando novidades todas tão familiares,
mas tão familiares,
que piamente acredito que tudo sempre foi assim:
o dia, o vinho, o como respiro
- a mesma novela nova.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
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